segunda-feira, 13 de julho de 2009

CINEMA: A MULHER INVISÍVEL


Claudio Torres dirigiu entre outros, O Redentor, filme que assisti e que fiquei com a sensação de que a ficção é uma das maneiras de fazer com que a gente reflita sobre nossas próprias “ficções”. No novo filme o diretor retoma o tema ampliando o seu sentido, dessa vez o protagonista, abandonado da pior forma por sua esposa, arruma uma maneira de se defender e se safar do infortúnio, busca na imaginação o remédio para seu mal. Cria assim, a mulher que ele sempre sonhou ter... e ela chega do modo mais simples: a vizinha, batendo à sua porta e pedindo uma xícara de açúcar emprestada, um detalhe: ela é invisível aos olhos alheios. Tendo isso como mote, o diretor constrói o seu recado. Saí do cinema rindo... a viagem é interessante, encontramos a irmã amiga, conselheira; o patrão , a amante, o amigo, enfim pessoas que nos remetem às nossas próprias relações afetivas quando em situações que necessitamos de um ombro. Também nos colocamos em xeque com relação às nossas fantasias..., principalmente às nossas fantasias em relação à escolha da pessoa amada. Agora pergunto: idealizar a pessoa amada é uma fantasia ou a fantasia já vem imbricada em nossa escolha amorosa?

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